segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma poltrona e meio quilo de pipoca: A partida




Sou um pouco desatenta com relação a cinema, só fico sabendo de muitos filmes por indicação de amigos, ou navegando pelo Netflix. Há duas semanas após conversar com um colega sobre livros ele acabou dizendo que eu também precisava assistir alguns filmes e eu concordei, e então ele me passou uma pequena lista. Hoje quero falar com vocês sobre um destes filmes, trata-se de A Partida, película japonês que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009.

O longa conta a história de Daigo Kobayashi que após fazer um grande investimento em um violoncelo é dispensado da orquestra em que toca, pois a mesma será dissolvida. Isso acaba com o seu sonho de tocar. Após um pouco de reflexão Kobayashi diz a esposa que irá voltar para a sua cidade natal, e ela o surpreende dizendo que irá junto e assim eles irão iniciar uma nova vida.


Ao retornar à sua cidade ele encontra um emprego de nokanshi que consiste em preparar pessoas mortas para serem veladas e cremadas. O salário é maior do que esperado, já que ele não tem nenhuma experiência, mas não é visto com bons olhos, ainda assim Daigo precisa lhe dar com a vergonha e com o medo, pois ele ainda não havia visto nenhuma pessoa morta. A vergonha é tanta que ele decide não contar a sua nova profissão para a esposa.


Partida vai mostrar os sofrimentos de várias pessoas que perderam seus parentes e amigos, mas também vai tratar sobre preconceitos e medos.



O filme é de uma delicadeza que eu não havia esperado. Assisti totalmente no escuro, sem ler qualquer sinopse e foi uma tarefa muito difícil não derramar ao menos algumas lágrimas. Ele é tocante e profundo. A fotografia não foi a mais bonita que vi, mas a trilha e a história entraram para um das minhas favoritas. O final é um pouco previsível, mas ver como as coisas acontecem é que toca as nossas emoções.

 



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