sábado, 28 de junho de 2014

Sobre o fim

“Thalita, começar é fácil, o difícil é terminar” – foi isso o que uma amiga me disse enquanto falávamos sobre os nossos relacionamentos fracassados. Eu já sabia disso e por mais que o tom dela fosse de brincadeira naquele momento, eu compreendia a seriedade e veracidade daquelas palavras.Depois de ter se passado praticamente uma hora que havíamos conversado via MSN, resolvi me deitar e refletir um pouco sobre os motivos de ser tão complicado terminar algo se nem havia ali um pouco de amor, e sei que nenhuma das partes envolvidas sentia algo forte pelo outro, apenas uma atração, mas essa era facilmente suportável. Não chegamos a um nível de envolvimento profundo, essa era a verdade. Mas então me recordei de algo que Martha Medeiros escreveu…

Em síntese o texto dela diz que a saudade é a dor que mais dói, mas não aquela saudade que mantemos contato com a pessoa, e sim aquela que dói justamente por não sabermos mais como vai aquela pessoa, se ela continua a ter os mesmos hábitos e medos. Tá, e o que a saudade tem a ver com tudo isso que escrevi anteriormente? Eu respondo: Tudo!

O nosso medo de romper é sobre a dor que podemos causar no outro, é saber que por mais que a relação tenha acabado de forma “amigável”, nunca iremos conseguir manter uma amizade sincera com aquela pessoa, pois sempre irão reaparecer as lembranças dos momentos em que estiveram juntos e muitas vezes será difícil nos conter.

Romper é saber que você não poderá mais ligar tarde da noite só para saber como foi o dia ou desabafar. Romper de certa forma é acabar definitivamente com qualquer chance de manter uma boa relação com a pessoa, pois nunca a amizade poderá ser a mesma, ou se não houve amizade anteriormente, as possibilidades de ela nascer agora simplesmente não existem, claro que existem algumas exceções...

E o mais duro ainda está por vir, quando você tem certo nível de maturidade, você sabe que o fim de uma relação sempre irá nos trazer dor. Quando o amor acabou ou não existiu, você sente uma tristeza pelo o seu fim ou inexistência. Quando você não sofre pelo o fim, sente-se culpado por não conseguir derramar lágrimas e quando você ama, o sofrimento é por saber que este amor terá que ser esquecido.

(Este é um texto que eu escrevi há alguns anos e resolvi trazer pra cá =] )

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