Me ajude a chorar - Fabrício Carpinejar

Este ano tive o meu primeiro contato com Fabrício Carpinejar através do livro “Não atravesso a rua sozinho” que recebi da editora Edelbra. Apesar dos diversos elogios que ouvi com respeito ao cronista eu não esperava muito dele, mas me apaixonei completamente com seus escritos. Li também o livro “Te pego na saída” e depois decidi ler “Espero alguém”. Pronto! Foi declarado amor eterno por ele.

Coincidentemente justo no ano que o conheci ele lançou outro livro que já me fez apaixonar pelo título “Me ajude a chorar”. Fiquei louca para adquiri-lo, mas o frete não ajudava e quando fiz uma visita à Fnac acabei comprando um exemplar por apenas 22 reais.

O livro me veio às mãos no momento certo, pois Havaí poucos dias que meu tio havia falecido e nada melhor que um livro para acalentar a alma.

Todas as crônicas são cercadas pelos mais profundos sentimentos e poesia. Os textos de Carpinejar nos falam sobre coisas que todos estamos sujeitos como morte, separação, amor. E ele utiliza coisas simples para nos exemplificar e tocar a alma.

O encantamento já iniciou-se quando eu li as costas do livro o trecho de uma das crônicas:

“...Sobrevivi a enterros de jovens colegas. Sobrevivi a três acidentes de carro. Sobrevivi a quatro separações. Sobrevivi o vicio do cigarro. Sobrevivi a dois assaltos a mão armada. Sobrevivi a várias demissões. Sobrevivi ao distanciamento de meus dois irmãos amados.

Sobrevivi, vou sobreviver, mesmo que não acredite na hora.”

É impossível não chorar, não se apaixonar e não se viciar na escrita do autor. Um rapaz que me viu lendo este livro na praça falou: “Menina, quando você começa a ler esse cara, você não consegue parar, você vai querer ler todos os livros dele.” E tenho que concordar com ele. Já estou em busca de outro livro dele para ler.