segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Diário de Leitura: Moby Dick #Post 2

No dia 9 de janeiro como eu havia comentado neste post iniciei a leitura de Moby Dick e aqui estou para fazer o diário de leitura das cem primeiras páginas que cheguei no dia 13.

Acho interessante comentar primeiro que tinha muito receio em ler este livro, não por medo da linguagem, mas por ter ouvido muitas pessoas dizendo que ele é um livro monótono. Ok que ainda não cheguei nem na metade da narrativa, porém até o momento não estou achando nada chato. Estou muito encantada com a escrita do autor que ter seus momentos cômicos e outros reflexivos.



A primeira coisa que tenho notado é a grande critica a religião, não aos princípios delas, mas a forma como as pessoas agem com aquilo que acreditam, pensando que eles são os certos e os outros errados.

Isso tem me feito pensar muito na minha forma de pensar. Não que eu acredite estar errada quanto a minha crença, mas a forma que as vezes vejo a crença de outras pessoas está errada. 

Vou falar um pouco sobre o enredo e o que acontece até esse ponto da história e gente, como aqui trata-se de um diário de leitura teremos muitos spoilers, então se você ainda não leu o livro e não gosta de spoilers (porque tem pessoas que gostam), aqui pode conter alguns.

A história inicia-se com o narrador-personagem Ishmael contando que sempre que se sente muito entediado da vida ele gosta de ir trabalhar no mar em um navio não como um passageiro, nem como um dos principais tripulantes, mas como um marinheiro raso. E para ele aquele era um momento de voltar ao mar.

Então Ismahel vai para uma cidade para poder começar a sua rota em busca de um navio baleiro (pois agora ele que se aventurar na caça de baleias) para a qual ele iria se alistar. E se hospeda em uma pensão em que ele teria que dividir sua cama com um homem. Para mim este é um momento hilário do livro, pois logo ele descobre que este homem é um canibal e claro, ele é tomado pelo medo, mas acredite se quiser, aqui surge uma amizade muito singular e eu claro, me encantei com o personagem do Queequeg, o canibal.

Alguns capítulos até agora me marcaram muito, e os principais deles são o do sermão do padre Mapple onde ele conta a história de Jonas de uma forma que eu, que sou cristã, nunca havia ouvido na vida, gente foi de uma beleza tão significativa. Eu não sou tão ligada à história de Jonas, aliás, ele é um dos personagens que menos me chama a atenção na Bíblia, mas após a leitura deste sermão a vontade que me deu foi de ler o livro de Jonas, e quero fazê-lo antes do próximo diário, aliás, ele poderá ser um dos meus capítulos aqui.

Outro capitulo que me deixou fascinada foi quando o narrado falar sobre como nasceu a amizade dele com Queequeg, gente não tem como não amar.

E um capítulo que me fez rir muito foi o da Ramadã que Queequeg realizou. No inicio é um tanto engraçado, mas este principalmente trás grandes reflexões.

O que posso dizer até o momento é que estou amando Moby Dick e que acredito que lendo poucas páginas por dia está me dando a oportunidade de degustar melhor da narrativa, refletir e claro não me cansar rápido.

Fiz muitas marcações até agora, mas vou destacar algumas aqui para vocês...

Ainda mais, digo, porque para se desfrutar de fato do calor do corpo é preciso que uma pequena parte sua ainda esteja fria, pois não há qualidade neste mundo que não o seja por contraste
Página 74

Veja como, embora eu tivesse sentido repugnância por ele fumar na cama na noite anterior, nossos rígidos preconceito se tornam elásticos quando o amor vem dobrá-los
Página 75

Então por hoje fico por aqui e volto com as cem próximas páginas em breve!

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