segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Lançamento: As sete luas - Salustiano Souza

O autor parceiro do blog Salustiano Souza está lançando seu mais novo livro: ''As sete luas - A saga de uma tribo'' pela Editora Giostri, do autor eu já resenhei o livro ''O Eterno Barnes''.
Confira capa + sinopse e outras informações sobre o livro:



Sinopse: ''A Usina de Belo Monte, no Pará, norte do Brasil, está sendo erguida rapidamente. Uma grande área de terra será inundada, trazendo incalculáveis prejuízos para a natureza e para os povos da região. Uma remota aldeia indígena é descoberta nessas terras, eles são diferentes, pois não querem contato com os brancos e não querem sair de suas terras.
A justiça determina que um agente do governo negocie com esses índios, para convencê-los a sair pacificamente. Um Capitão do Exército é designado para a tarefa. Ao chegar à aldeia ele tenta convencer o Pajé, dizendo que ele é o líder daquele povo e poderá decidir o destino deles. O Pajé então lhe pergunta:
- E se você pudesse decidir nosso destino?
Então ele explica ao aturdido Capitão:
- Teremos sete noites de lua cheia, e nessas sete noites você ficará conosco, viverá como nós, será índio como nós, e no final você decide nosso destino!
Um romance sensível e humano, onde a cobiça do homem “civilizado” contrasta com a pureza do coração, onde a avareza não mede limites para se impor de forma abrupta e violenta sobre a inocência pura encontrada ainda em estado bruto.''

O livro pode ser comprado diretamente no Site da Editora. Em breve vocês podem conferir resenha dele por aqui, até mais!

sábado, 2 de maio de 2015

O melhor do meu dia




Estou aprendendo a anotar as melhores e as piores coisas que estão me ocorrendo diariamente. Talvez eu poderia colocar todos os dias que a melhor coisas que me ocorreu seja que eu e meus familiares continuamos vivos, e sim isso é excelente, mas também quero aprender a captar a beleza das  pequenas coisas.

Sentir um bom perfume, visualizar uma joaninha ou presenciar o pouso de uma borboleta, são coisas bonitas, mas que não mais valorizamos. Estamos tão ocupados, ansiosos ou esperando coisas grandiosas que não percebemos que a felicidade está nas pequenas coisas, nas entrelinhas da vida.

Ontem a minha felicidade se encontrou em um pequeno conto que li do Lima Barreto, o título é “Queixas de um defunto”, li o conto que em arrancou muitos risos, um texto muito bem escrito e que provavelmente tem muita história por detrás. Mas a minha felicidade não estava apenas em lê-lo, eu precisava compartilhar com alguém. Tirei uma foto e postei no instagram, mas ainda não estava satisfeita. 

Ao chegar em casa falei com meu pai sobre o conto, pois ele foi quem pegou o livro para mim na biblioteca. Contei que iria mostrar a ele o conto – sério, eu precisava compartilhar com alguém – e mais tarde fui mostrá-lo. Ele pediu-me para que eu lê-se o conto em voz alta. Há muito não lia algo para o meu pai. E o mais delicioso foi que enquanto eu lia ele sorria, começamos a rir juntos do conto, sem mesmo eu tê-lo terminado, e no final rimos muito daquela história.

Então para mim ontem, o melhor do dia foi ver o meu pai sorrindo por causa de um texto muito bem escrito.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Conselhos de quem sofre #1: Leve sempre a sombrinha

Ontem pedi ao meu pai para pegar dois livros na Biblioteca Pública e ele pegou. Ao chegar em casa vi os livros e defini que iria trazê-los hoje para o serviço juntamente com um outro que eu estava lendo, mais alguns materiais de estudo.

Ao pegar minha bolsa para guardar os alfarrábios verifiquei que a bolsa estava extremamente pesada. Fui fazer uma revista para tentar diminuir o peso:

- Caderno não, isso não pesa tanto assim.

- Porta níquel? Há só umas moedinhas?!!!

- Carteira? Jamais! Tenho que ter um lugar para guardar meus documentos.

- Canetas? Definitivamente não!

- Livros? Quando eles pesam?!

- Sombrinha? Ah! Essa sim, como pesa meu Deus!

Então eu decidi:

- Sombrinha, você vai ficar. Você está pesando muito a minha bolsa, o tempo está bom esses dias, amanhã não vai chover!

Gritei para meus todos ouvirem:

- AMANHÃ NÃO VAI CHOVER!

E acreditem senhores: Choveu! Choveu muito!!!! E o único pensamento que me venho à mente é que a minha sombrinha ficou em casa e que tudo que não estava pesando agora vai molhar.

Bem minha mãe já dizia: “Nunca retire a sombrinha da bolsa.” E sempre que eu retiro é batata: Chove no dia seguinte.

(Texto escrito em 29/04/2015)

terça-feira, 28 de abril de 2015

A isustentável leveza do ser - Milan Kundera

Dividido em várias partes que falam do corpo, da mente e de diversos conflitos mundiais, A Insustentável Leveza do Ser vai nos contar sobre a vida de quatro personagens centrais em uma narrativa atemporal. 

Primeiro somos apresentados ao casal Tereza e Tomas. Ela é insegura e mostra que de todas as experiências vividas só tirou para si as más experiências. Ele é um mulherengo romântico que busca em cada saia ou espartilho experiências novas. E foi assim, leve e gradativamente que os dois foram se aproximando para dividir a más experiências. 

Sabina e Franz fazem parte da segunda ''leva'' de personagens que o livro apresenta. Sabina é uma prostituta e Franz um de seus clientes a que a mulher mais se afeiçoou. O problema é que Franz não esqueceu sua mulher e a amante acaba ficando em segundo plano. 

É no meio do enredo que o autor vai nos mostrar questões para reflexão como a guerra, a medicina, a religião, a morte e o suicídio. A trama é conduzida de forma bem poética e cheio de questões subentendidas. Cheio de metáforas na maioria sobre vida e morte, prazer e conformismo o autor nos conduz a uma experiência introspectiva de maneira bem delicada. 



Eu particularmente adorei quando Tereza segue no ramo do fotojornalismo e mostra a importância que é a de documentação dos fatos, principalmente em um momento tão estressante que é um país em guerra. 

Não poderia faltar críticas, mas estamos falando de um autor contemporâneo que põe as garras no clássico, o que significa dizer que elas (as críticas) são em sua maioria veladas. Super recomendo a leitura desse livro, é uma viagem introspectiva de alto valor. 4 estrelas!  

terça-feira, 24 de março de 2015

Caminhos da floresta

Into the woods é uma produção que prometia tudo para ser fantástica: elenco maravilhoso, contos de fada, musical e Disney afinal de contas. Mas não foi bem o que aconteceu na minha opinião. 

O enredo gira em torno da um casal que não consegue ter filhos e da bruxa que aprisiona Rapunzel revelar que o motivo da esterilidade do casal foi uma maldição jogada por ela no passado. Para quebrar a maldição eles precisam encontrar uma série de artefatos presentes em contos de fada clássicos: uma capa vermelha, cabelo amarelo, uma vaca branca e um sapato de ouro. 

O filme meio que é dividido em duas partes: a primeira mostrando a jornada do casal para conseguir adquirir os artefatos mágicos que é a parte OK do filme e a segunda: quando um dos personagens (ou todos eles, como eles próprios argumentam no filme) deixam uma vilã escapar de um dos finais felizes dali. Foi nessa parte que o filme perdeu o fio da meada. 

Tudo ficou muito confuso e alguns personagens tiveram seus finais muito inconclusivos (tão inconclusivos a ponto de aparecerem numa parte e do nada sumir e não voltarem mais) e a mensagem que passa no final ficou um pouco sem sentido para mim pelo contexto do filme que era mostrar a importância da família. 

Super apoiava o filme terminar em um clichê imenso típico da Disney que seria finais felizes everywhere. Não entendi a intenção do diretor e dos produtores ao seguirem essa linha. O que salvou o filme? Bom, Meryl Streep que estava maravilhosa como sempre. E o Johnny Depp? A atuação dele foi mais breve que Portugal na Copa. 

Assista ao trailer: